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sábado, 22 de maio de 2010

Uma a cada seis gestantes tem mais de 35 anos

A cada seis gestantes atendidas no Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), na capital paulista, uma tem mais de 35 anos. Na década de 1970, a taxa era de uma a cada 20. As mulheres estão tendo filhos mais tarde por dois principais fatores: a entrada delas no mercado de trabalho e o avanço da medicina. Mesmo assim, apesar das novidades na área da saúde, quem engravida com essa idade corre mais riscos. E o bebê também fica mais propenso a doenças congênitas.

"A mãe com idade mais avançada pode ter dificuldades de se adaptar à gravidez, pois há uma sobrecarga no funcionamento do organismo da mulher", explica o obstetra Adolfo Liao, do Ambulatório de Obstetrícia do HC. Segundo o médico, até 25% das gestações em idade materna avançada resultam em aborto. "Quando uma mulher com 20 anos engravida, a chance de ocorrer um aborto espontâneo é menor", diz. A taxa de bebês nascidos prematuramente também é mais alta, podendo chegar a 15%, devido a complicações como o diabetes ou hipertensão. Essas duas doenças podem também afetar a formação e o desenvolvimento da criança.

Assim, tendo em vista as complicações que a gestação de uma mãe com idade mais avançada pode ter, o acompanhamento durante o pré-natal deve ser muito mais intenso. "As consultas são mais constantes e os exames mais específicos para esse grupo", diz o obstetra. O pior é que o médico observa a tendência de, a cada ano que passa, mais mulheres decidam ter filhos mais tarde. "Esse fato é muito frequente e, talvez, se torne ainda mais daqui a alguns anos", prevê.

Riscos para o bebê
A complicação genética mais comum, com probabilidade influenciada pela idade da mãe, é a síndrome de Down. A prevalência em fetos de mães com cerca de 20 anos chega a ser de uma em mil. Já nas mães com 35 anos ou mais, essa fração é de uma em cada 350 gestantes. "A chance de uma mulher de 40 anos ter um filho com a doença chega a ser de uma em 70", conta o médico.

Liao afirma que a mãe deve estar consciente desses e de outros riscos antes de engravidar. O diagnóstico de doenças que podem afetar o desenvolvimento saudável do feto, como pressão alta ou diabetes, deve ser realizado antes do início da gestação. Além disso, o tratamento deve ser feito com remédios que não prejudiquem a formação do feto. "Alguns remédios para controlar a pressão podem induzir à má formação", diz. Problemas da nossa vida "moderna".

Fonte: YAHOO! Notícias

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