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sábado, 22 de maio de 2010

Dividindo a dor e a esperança na cura



Antonio Augusto decidiu dedicar parte do seu tempo a pacientes com problemas renais
Foto: Elio Rizzo/Esp. CB/D.A Press




Pessoas diagnosticadas com doenças crônicas encontram na ajuda a outros pacientes uma espécie de missão de vida

O diagnóstico de uma doença crônica - às vezes, incurável e fatal - costuma trazer dor e revolta para os pacientes. Alguns negam a condição, outros lutam desesperadamente pela vida. Há também os que aproveitam a experiência para ajudar quem está passando pela mesma situação.

À frente de associações e instituições variadas de apoio ou com trabalho voluntário, procuram dividir informações, dar suporte moral, consolo, alento.
Antes de descobrir que era portador de uma doença renal grave, Antonio Augusto dos Santos, 46 anos, jamais se imaginou participando de uma organização não governamental. Assim como a paulistana Christine Battistini, também de 46, que, depois de cuidar da mãe e descobrir, ela mesma, um câncer de mama, chegou a abandonar o emprego para se dedicar somente aos pacientes de males crônicos. Ou Andréa Motta, 40, mãe de um garotinho portador de uma doença rara, que abriu mão da vida própria pela causa das vítimas de mucopolissacaridose. "Sei que deixei de cuidar de mim pelo meu filho e pelas outras crianças. Já cheguei a pensar em desistir de tudo, porque acordo e durmo preocupada com a situação delas.

Mas essas pessoas precisam de alguém que cuide delas", justifica Andréa. "É muito difícil, mas só quem vê seu filho piorando a cada dia sabe o que é passar por isso. Eu conheço a realidade dessas mães e sinto necessidade de ajudar."
Já Christine, que acompanhou o tratamento da mãe nos Estados Unidos, luta para que os medicamentos sejam aprovados mais rapidamente no Brasil. "O tempo não tem valor para quem está saudável. Mas aprendi que, para quem está doente, é algo precioso", diz.

Antonio oferece informações e amizade para outras pessoas que, como ele, têm a esperança de um dia conseguir um transplante de rim. "Tento ajudar no que for preciso. Seja conseguir uma cesta básica para os doentes carentes ou fazer palestras para os outros renais. A minha recompensa é saber que ajudei alguém a ficar mais feliz", explica.

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