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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Estado e municípios firmam pacto para reduzir mortalidade no RN

Reduzir a mortalidade infantil, materna e neonatal no Rio Grande do Norte é o objetivo do pacto assinado na manhã desta segunda-feira (10) entre o Governo do Estado e os nove municípios que detêm os maiores índices de mortalidade. O pacto prevê a liberação de R$ 11 milhões a serem investidos prioritariamente nos nove municípios que atualmente concentram a metade dos casos de óbitos neo-natais no Estado, Natal, Mossoró, Parnamirim, Macaíba, São Gonçalo do Amarante, Ceará-Mirim, Caicó, Currais Novos e Pau dos Ferros. O encontro aconteceu na Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) e contou com a presença do governador, Iberê Ferreira, do Secretário Estadual de Saúde George Antunes, da Promotora da Saúde do Ministério Público Iara Pinheiro, além de prefeitos, secretários de saúde dos municípios, coordenadores e técnicos em saúde.

O trabalho em relação ao pacto começou com um protocolo de cooperação federativa entre União os estados do Nordeste para reduzir as desigualdades da região. A partir de então, foi desenvolvido um plano para o estado, onde está, entre as principais metas, a redução da taxa de mortalidade infantil e neonatal em no mínimo 5% ao ano.

A coordenadora de Promoção à Saúde da Sesap, Celeste Rocha, explicou as principais formas de se alcançar o que foi pactuado. Para ela, são fatores fundamentais: evitar a peregrinação da gestante para encontrar uma maternidade garantir o acompanhamento no puerpério, com visita domiciliar, principalmente na primeira semana garantir leitos obstétricos e neonatais, principalmente para as situações de risco garantir o direito a acompanhante na internação para o parto, promovendo a participação e fortalecimento de vínculos afetivos e disponibilizar equipes multiprofissionais para atender ao binômio mãe/filho nas Unidades Básicas de Saúde e nos Hospitais/Maternidades.

O secretário de Saúde, George Antunes, falou sobre as condições que viabilizam a realização de um pré-natal ideal. Para ele, são imprescindíveis existir, uma rede de atenção básica montada, treinada, e instalada adequadamente uma rede de atenção intermediária, situada em macrorregiões abrangendo um número adequado e numericamente equilibrado de municípios e hospitais de referência para a alta complexidade materno-infantil.

"Precisamos estar unidos, independente de questões político-partidárias, e ter a coragem de quebrar o paradigma do atendimento ao episódio agudo. Precisamos sair do paradigma da cura para o cuidado contínuo às condições crônicas. Devemos intensificar as verdadeiras ações de atenção à saúde. É preciso mudar radicalmente de um sistema reativo de atenção à saúde para um sistema proativo".

O governador, Iberê Ferreira, afirmou que em 84 municípios do estado não nascem crianças, o que estimula o sistema de "ambulancioterapia". Ele ratificou a participação do Estado no trabalho: "Esse momento tem um profundo significado. É um momento para refletirmos que esta não é uma responsabilidade de A ou de B, ela é de todos nós que estamos aqui. Quero despolitizar a saúde. Vamos unir prefeitos, órgãos do governo, prefeitos e melhorar esses índices".

De 2000 a 2007, 7.526 crianças menores de um ano de idade morreram no Rio Grande do Norte. O maior número de ocorrências foi verificado na capital, Natal (2.058 óbitos), Mossoró (716), Parnamirim (354), Caicó (170) e Ceará-Mirim (151). Este aspecto obrigou a promover um momento de encontro entre a atual gestão estadual e os gestores municipais, em busca do compromisso mútuo em defesa da vida.
Fonte: SESAP

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