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domingo, 4 de julho de 2010

Pré-natal é segurança para o bebê

 Deixar de fazer acompanhamento durante a gravidez é brincar com a sorte

"Para mim fazer o pré-natal sempre foi muito importante, afinal de contas é uma vida que está dentro da gente e é preciso cuidar dessa vida desde a barriga. Sem falar que fazendo todos os exames direitinho não estou cuidando só da saúde do bebê mas da minha também". O pensamento da cabeleireira Rita Josicleide Fernandes, de 32 anos, deveria ser o de todas as gestantes. O pré-natal é o acompanhamento médico dedicado à gestante e ao bebê e tem como objetivo a prevenção, orientação, esclarecimento e diagnóstico de qualquer alteração da saúde da gestante ou do bebê.

A presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Norte (Sogorn), Ana Cristina Pinheiro de Araújo, destaca que o pré-natal de qualidade pode detectar problemas como hipertensão e diabetes gestacional, além de doenças e má-formações do bebê. "O acompanhamento durante a gestação pode reduzir as complicações da gravidez e a morte materna", complementa.

Rita é mãe de três meninos: Luiz Henrique de 12 anos, Luan de 8 e Ryan de apenas 1 mês de vida, fez o pré-natal nas três gravidez e atribui a isso o sucesso dos três partos normais. "Na minha primeira gravidez eu tive um pouco de anemia, mas foi detectado no exame de sangue e a médica logo passou alguns remédios. Foi um probleminha leve, mas se eu não tivesse cuidado talvez algo ruim pudesse ter acontecido", disse.

Nas três gestações, Rita fez os exames na rede pública. Para ela as coisas estão melhorando na área da saúde pública. "Antigamente era mais difícil conseguir um exame, demorava muito tempo para fazer uma ultra, hoje em dia está tudo mais fácil, eu fiz todo o pré-natal de Ryan na rede pública, dos outros dois eu tive que pagar alguns exames porque não conseguia no posto de saúde".

Segundo a Presidente do Comitê Estadual de Mortalidade Materna, Maria do Carmo Melo, é obrigação de todos os municípios oferecer pré-natal nos postos de saúde. Em todos os 167 municípios do Rio Grande do Norte existe o serviço gratuito de pré-natal e cada mulher tem direito a, no mínimo, sete consultas. Apesar disso, muitas gestantes não fazem o pré-natal.

Esse é o caso de Jucilene da Silva, de 21 anos. Grávida de seis meses do primeiro filho ela foi ao médico quando desconfiou que estava grávida. "Ela pediu um exame de sangue, eu fiz e deu positivo. Quando eu levei o resultado do exame ela me pediu mais um monte de exames e uma ultra. Eu ainda tentei marcar a ultra, mas tinha que chegar de madrugada no posto de saúde e eu desisti".

Depois disso ela conta que não foi mais ao médico e ainda não sabe nem o sexo do bebê. "Mas eu vou marcar uma consulta no próximo mês para descobrir o sexo e poder comprar o enxoval", disse. Jucilene desconhece que a principal causa de morte materna no Brasil é hipertensão e síndromes hemorrágicas, problemas que poderiam ser diagnosticados e tratados durante a gravidez, com a realização de um pré-natal de qualidade. Além disso, a intercorrência clínica mais frequente durante a gravidez é a anemia, problema que pode ser constatado emum simples exame de sangue.

Em média, uma gravidez dura quarenta semanas, por essa razão além da qualidade das consultas, a frequência é fundamental. Durante o pré-natal, as consultas são mensais até a 32ª/33ª semana, quinzenais, até a 37ª semana e, semanais, a partir da 40ª semana. Após esse período, a gestante deve ser acompanhada pelo obstetra a cada dois ou três dias.
Fonte: Diário de Natal

Um comentário:

  1. Não existem dúvidas de que o pré-natal é essencial para a segurança tanto da mão quanto do bebê. Por isso, faço questão de divulgar que o Ministério da Saúde considera a Saúde da Família como uma das grandes responsáveis pelo aumento do número de consultas de pré-natal nos últimos anos.

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