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domingo, 25 de abril de 2010

Vacina: fila nos postos

Procura pela imunização contra a gripe A (H1N1) na capital potiguar tem aumentado

Depois que uma nota divulgando os supostos efeitos colaterais da vacina contra a gripe A (H1N1) começou a circular pela internet, várias pessoas ficaram assustadas e adiaram a ida até os postos de vacinação. Preocupados com a situação, especialistas resolveram checar ponto por ponto da nota e chegaram a conclusão de que as informações contidas no email anônimo não passam de boatos. À medida em que foi perdendo a desconfiança, a população passou a procurar locais de imunização. O resultado é que, nos últimos dias, filas foram formadas nos postos de vacinação.
Apesar do pânico que a nota gerou entre alguns natalenses, especialistas afirmam que a vacina é segura. Para a funcionária da sala de vacinas da Policlínica Oeste, localizada no bairro da Cidade da Esperança, Zona Oeste de Natal, Giovanna Kelly, as pessoas antes chegavam perguntando se a vacina tinha algum efeito colateral grave como os divulgados pelo email na internet. No entanto, o comportamento dos natalenses tem mudado nos últimos dias. Se antes as pessoas fugiam dos postos de vacinação. Agora, as pessoas correm para os postos, como observa Giovanna Kelly. Segundo ela, apenas durante a tarde da última quinta-feira, mais de 400 pessoas passaram pela sala de vacinas da Policlínica Oeste - número muito superior que a média diária, que é de 150 nos dois turnos. A expectativa é que as filas fiquem ainda maiores nos últimos dias da campanha. "No começo, as pessoas tinham muito medo. Agora, as que não foram incluídas nos cinco grupos prioritários nos perguntam quando vão se vacinar", relata.

A dona de casa Maria de Fátima Fortaleza, 50, acompanhou a filha Yasmim até o posto de vacinação na manhã de ontem. Ela relatou que praticamente a família inteira se vacinou contra a gripe A e ninguém sentiu nenhuma reação, a não ser uma pequena dor local seguida de ardência. Para ela, as pessoas têm medo de se imunizar, porque a vacina é nova. "As pessoas acham que quando essas vacinas aparecem é porque o governo quer matar a gente", irozina. Enquanto isso, o empresário Leornardo Pereira Dantas, 23, aguardava ansioso na fila. "Não vou tomar a vacina sem saber o que é. Acho que vou pegar mais informações antes de tomar a injeção". Assim que entrou na sala, o jovem, visivelmente preocupado, fez questão de saber a composição da vacina. "Antigamente não existiam tantas doenças. Hoje em dia, acho necessário que o governo realize campanhas como essa, porque pelo menos evita que o vírus se alastre", tranquiliza a massoterapeuta Paula Gabrielle, 30, esposa de Leonardo.

De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Jeanny Guedes, a vacina pode causar reações adversas leves como febre baixa e dor muscular, especialmente no local onde a substância foi aplicada. Os efeitos colaterais, segundo Jeanny, passam após 48 horas. A substância é contraindicada apenas para quem tem alergia grave a ovo de galinha ou para quem tem doença grave e está na fase aguda, com febre acima de 38ºC. Uma novidade da campanha de vacinação contra o vírus H1N1, de acordo com Jeanny, é que todas as pessoas incluídas nos grupos prioritários e que foram convocadas até o momento podem se vacinar até o final da campanha em qualquer posto de vacinação.

Gripe comum
Diferente do que foi anunciado pelo Ministério da Saúde, a campanha de vacinação contra gripe comum para a população idosa começa a partir do dia 8 de maio no Rio Grande do Norte. O dia D da vacinação do idoso foi adiado porque as vacinas produzidas pelo laboratório Butantan não chegaram a tempo no estado. Quem tem acima de 60 anos precisa ficar atento. Idosos com alguma doença crônica como diabetes, deve se vacinar contra gripe comum e a gripe A (H1N1) a partir dessa data.
Fonte: Diário de Natal
 

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