Na esperança de reativar as cirurgias pediátricas eletivas suspensas oficialmente desde a última segunda-feira, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) repassou ontem à tarde para a conta da empresa Cirurgia Pediátrica de Natal Ltda. (Cipen) dois depósitos – um de R$ 76 mil e outro de R$ 19 mil.
Sem saber a que faturas esses pagamentos se referiam, o diretor médico da Cipen, cirurgião pediatra Limírio D’ávila, não soube informar se os procedimentos seriam restabelecidos hoje. A Cipen congrega quase todos os cirurgiões pediátricos do estado. “Esperávamos receber 2/3 da conta, que daria R$ 270 mil”, afirmou. Mas esclareceu que a volta dos médicos não depende do dinheiro, mas do que chamou de “restabelecimento da confiança”. Por isso mesmo, os médicos devem se reunir hoje, horário ainda indefinido, para decidir se retomam ou não as cirurgias. O contrato entre a SMS e a Cipen venceu no último dia 29 de janeiro. Desde então, os 80% dos valores devidos aos cirurgiões pediátricos e pagos pelo Estado estão perdidos na conta única da Prefeitura. A responsabilidade do Município nessa conta se limita a 20% do total.
Com o impasse, 18 cirurgias eletivas deixaram de ser realizadas desde a última segunda-feira só no Hospital Maria Alice Fernandes, na Zona Norte, onde se concentra a maioria dos procedimentos. Os cancelamentos atingiram também o Hospital Infantil Varela Santiago, no Centro da cidade.
“O problema é que o Estado repassa os recursos, mas a falta de um contrato com o município impede os pagamentos”, explica o cirurgião pediatra Limírio D’ávila.
“Esse sofrimento não é de hoje, há 10 anos percorremos as secretarias com o pires na mão à espera de uma segurança jurídica que garanta o pagamento pelos serviços dos médicos”, acrescenta.
O convênio entre o Estado e a Prefeitura do Natal com as empresas e cooperativas médicas, concebido originalmente para dar suporte aos planos de saúde, mas que estenderam seus serviços aos usuários do SUS, é uma modalidade quase institucionalizada no RN. Por meio dele, o Estado repassa os valores para uma conta única da Prefeitura. Sem rubricas, esse numerário é usado dentro de necessidades do gestor.
O coordenador administrativo financeiro da SMS, Ronaldo Machado, tinha outras contas em mente no acerto de atrasados com os médicos: R$ 225 mil iriam para a conta da Coopanest (Anestesistas), referente a janeiro; R$ 97 mil para a Cipen (Cirurgiões Pediátricos), referente aos meses de janeiro e fevereiro; e outros R$144 mil para a Coopmed, também referente a janeiro.
O contrato da Coopanest foi renovado em dezembro, e hoje estaria regularizado, informou Machado. Até ontem, no começo da noite, a TRIBUNA não conseguiu confirmar junto às cooperativas se os pagamentos haviam sido realizados. “As quantias liberadas ontem correspondem à parte da Prefeitura. A do Estado deve ser regularizada até quinta, com a assinatura do convênio e, consequentemente, renovação do contrato”, disse Machado ainda pela manhã.
Nove cirurgiões pediatras da empresa fornecem o serviço ao município. Segundo a assessoria de imprensa da Sesap, a SMS não prestou contas de todos os meses de pagamento em 2009, quando foram feitos dois contratos com as cooperativas: um de janeiro a julho e outro de agosto a janeiro deste ano.
Ronaldo Machado, da SMS, diz que não há pendências, uma vez que as prestações de contas dos dois contratos foram feitas de maneira parcial. “O que falta é o balanço total, que ainda estamos fechando porque só recebemos do Estado os meses de novembro e dezembro de 2009, em fevereiro passado”, esclareceu.
Fonte: Tribuna do Norte Com o impasse, 18 cirurgias eletivas deixaram de ser realizadas desde a última segunda-feira só no Hospital Maria Alice Fernandes, na Zona Norte, onde se concentra a maioria dos procedimentos. Os cancelamentos atingiram também o Hospital Infantil Varela Santiago, no Centro da cidade.
“O problema é que o Estado repassa os recursos, mas a falta de um contrato com o município impede os pagamentos”, explica o cirurgião pediatra Limírio D’ávila.
“Esse sofrimento não é de hoje, há 10 anos percorremos as secretarias com o pires na mão à espera de uma segurança jurídica que garanta o pagamento pelos serviços dos médicos”, acrescenta.
O convênio entre o Estado e a Prefeitura do Natal com as empresas e cooperativas médicas, concebido originalmente para dar suporte aos planos de saúde, mas que estenderam seus serviços aos usuários do SUS, é uma modalidade quase institucionalizada no RN. Por meio dele, o Estado repassa os valores para uma conta única da Prefeitura. Sem rubricas, esse numerário é usado dentro de necessidades do gestor.
O coordenador administrativo financeiro da SMS, Ronaldo Machado, tinha outras contas em mente no acerto de atrasados com os médicos: R$ 225 mil iriam para a conta da Coopanest (Anestesistas), referente a janeiro; R$ 97 mil para a Cipen (Cirurgiões Pediátricos), referente aos meses de janeiro e fevereiro; e outros R$144 mil para a Coopmed, também referente a janeiro.
O contrato da Coopanest foi renovado em dezembro, e hoje estaria regularizado, informou Machado. Até ontem, no começo da noite, a TRIBUNA não conseguiu confirmar junto às cooperativas se os pagamentos haviam sido realizados. “As quantias liberadas ontem correspondem à parte da Prefeitura. A do Estado deve ser regularizada até quinta, com a assinatura do convênio e, consequentemente, renovação do contrato”, disse Machado ainda pela manhã.
Nove cirurgiões pediatras da empresa fornecem o serviço ao município. Segundo a assessoria de imprensa da Sesap, a SMS não prestou contas de todos os meses de pagamento em 2009, quando foram feitos dois contratos com as cooperativas: um de janeiro a julho e outro de agosto a janeiro deste ano.
Ronaldo Machado, da SMS, diz que não há pendências, uma vez que as prestações de contas dos dois contratos foram feitas de maneira parcial. “O que falta é o balanço total, que ainda estamos fechando porque só recebemos do Estado os meses de novembro e dezembro de 2009, em fevereiro passado”, esclareceu.
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