Uso do preservativo ajuda a evitar o contágio pelo vírus. Outra forma de prevenção é através da vacina profilática Foto:Paulo H. Carvalho/CB/D.A Press
Cerca de 630 milhões de pessoas em todo o mundo estão infectadas pelo papilomavírus humano, o HPV
Paloma Oliveto
Paloma Oliveto
Quase 5 mil brasileiras morrem por ano devido ao desconhecimento dos sintomas e das formas de prevenção contra o papilomavírus humano, o HPV. De acordo com o levantamento mais recente do governo federal, o número chegou a 4.812 mulheres mortas em 2008, vítimas do câncer de colo do útero - que, neste ano, deve afetar mais 18.430 pessoas. A principal causa do surgimento desse tipo de tumor é a infecção pelo HPV, doença sexualmente transmissível mais frequente do mundo, e que pode ser evitada com o uso de camisinha, além de prevenida por vacinação.
Dados da Organização Europeia de Pesquisa sobre Infecção Genital e Neoplasia há três meses mostram que existem, atualmente, 630 milhões de pessoas infectadas pelo HPV no mundo. De acordo com Mauro Romero Leal Passos, professor associado do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da UFF e chefe do setor de DST/Aids da universidade, a desinformação é o grande entrave na luta contra o HPV. Ele alega que, embora seja bombardeada diariamente com referências ao sexo pela mídia, as pessoas não recebem o mesmo grau de informação quando o assunto é prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. "É a 'burca' hipócrita da sociedade. Você escuta as pessoas falando mal de política, falando de futebol, mas não ouve ninguém comentando os processos de educação em saúde. Quantos professores de ensino fundamental se sentem à vontade para falar de sexualidade?", questiona.
Poucas pessoas sabem, por exemplo, que, além do câncer cervical, o HPV está associado a outros tipos de tumores malignos, como o anal, o de vagina, o de vulva e o de pênis. E também é responsável pelo surgimento de verrugas genitais, DST que registra 30 milhões de novos casos ao ano, em todo o mundo.
Susto
A estudante de engenharia Clarice (nome fictício, a pedido da entrevistada) tem 20 anos e, no ano passado, descobriu que tinha HPV. Embora nem sempre a doença apresente sintomas, Clarice notou uma pequena verruga na entrada da vagina, que desapareceu em alguns dias. Passadas algumas semanas, as verrugas, já maiores, retornaram.
Ela só procurou um médico quando o namorado a alertou que poderia ser um vírus. "Ele foi ótimo, não me recriminou e me apoiou", diz. "Eu estava assustada, porque li no Google que poderia ter câncer no colo do útero." Clarice precisou cauterizar as verrugas com ácido, tomou um antiviral e precisou usar um creme de uso tópico. A cada seis meses, precisará fazer o Pananicolau, que, embora não tenha detectado nenhuma malignidade até agora, é o método mais eficaz para prevenir o aparecimento de um câncer.
Vacinação ajuda a prevenir doençaPoucas pessoas sabem, por exemplo, que, além do câncer cervical, o HPV está associado a outros tipos de tumores malignos, como o anal, o de vagina, o de vulva e o de pênis. E também é responsável pelo surgimento de verrugas genitais, DST que registra 30 milhões de novos casos ao ano, em todo o mundo.
Susto
A estudante de engenharia Clarice (nome fictício, a pedido da entrevistada) tem 20 anos e, no ano passado, descobriu que tinha HPV. Embora nem sempre a doença apresente sintomas, Clarice notou uma pequena verruga na entrada da vagina, que desapareceu em alguns dias. Passadas algumas semanas, as verrugas, já maiores, retornaram.
Ela só procurou um médico quando o namorado a alertou que poderia ser um vírus. "Ele foi ótimo, não me recriminou e me apoiou", diz. "Eu estava assustada, porque li no Google que poderia ter câncer no colo do útero." Clarice precisou cauterizar as verrugas com ácido, tomou um antiviral e precisou usar um creme de uso tópico. A cada seis meses, precisará fazer o Pananicolau, que, embora não tenha detectado nenhuma malignidade até agora, é o método mais eficaz para prevenir o aparecimento de um câncer.
Fonte: Diário de Natal
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