- GESTÃO 2013 - Quem sabe faz agora!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

A psoríase, caracterizada por manchas e descamações visíveis, provoca grande dose de preconceito

Tão impactante quanto a aparência das lesões cutâneas provocadas pela psoríase é a desinformação a respeito da doença. No Brasil, pelo menos 5 milhões de pacientes sofrem na pele não só os sinais do problema, mas também o preconceito - muitos ainda julgam, por exemplo, que as manchas e descamações típicas da patologia são contagiosas. Os danos emocionais e sociais decorrentes da discriminação são os sintomas mais graves desse mal, que não tem cura, mas pode ser controlado.
     A comerciária Terezinha do Carmo Araújo, 49 anos, perdeu as contas de quantas vezes se sentiu constrangida com a repulsa de quem percebia as alterações em seu corpo. "Em uma ocasião, solicitaram que eu me retirasse de um clube para que os sócios não fossem contaminados com a doença. É muito triste e embaraçoso. Mas sei que não sou a única. Todos os pacientes com psoríase têm uma história parecida para contar. Quem desconhece o problema tem medo de encostar na gente", relata.
    
     A psoríase acomete indivíduos geneticamente predispostos e pode ser desencadeada por diferentes fatores. Coordenadora do Ambulatório de Psoríase do Hospital Universitário de Brasília (HUB), a dermatologista Gladys Aires Martins explica que a mazela perturba o homem desde a Antiguidade, mas sempre foi negligenciada. "Os cientistas e médicos consideravam que a doença não atingia órgãos internos e, como não era fatal, o mal foi esquecido. Hoje, sabemos que é uma patologia inflamatória e crônica, há alteração no sistema imunológico e que os fatores emocionais e ambientais desencadeiam ou agravam a doença", avalia. "Os prejuízos psicológicos e sociais são enormes, tanto que há um índice elevado de tentativa de suicídios entre esses pacientes."
    
     Doenças associadas
    
     As comorbidades preocupam. Artrite, hipertensão, alcoolismo, síndromes metabólicas e doenças cardíacas são comuns, principalmente entre os que sofrem das formas moderadas e graves da doença. Pesquisadores do Hospital Universitário Gentofte, na Dinamarca, acompanharam, por uma década, as complicações em 40mil pacientes com psoríase. O estudo revelou que a patologia em estágio moderado ou grave eleva em 24% o risco de infarto, em 45% a chance de acidente vascular cerebral e em 51% a probabilidade de arritimias cardíacas.
    
     "A doença pode apresentar variações em relação à forma. Algumas pessoas têm a do tipo vulgar e são surpreendidas com surtos de outros tipos ao longo da vida. Temos percebido que isso está ligado ao perfil genético. A ciência está buscando o mapeamento dos genes que promovem a manifestação de cada tipagem", explica a dermatologista do HUB.
    
    
    
     PALAVRA DE ESPECIALISTA
    
     Vulnerabilidade social
    
     A psoríase implica numa série de restrições adaptativas. Sendo assim, a pessoa acometida por ela enfrenta dificuldades nas relações de trabalho, familiares e sociais. Com o quadro clínico grave, o doente não consegue manter o vínculo empregatício, o que caracteriza um momento de vulnerabilidade social. Considerando os aspectos biopsicossociais, tornam-se necessárias intervenções multiprofissionais e interdisciplinares, pautadas no conceito ampliado de saúde e garantias de direitos sociais.
    
     O profissional de serviço social assume um papel fundamental perante a equipe médica, principalmente ao intervir nas relações do sujeito com o mundo do trabalho. Os direitos das pessoas acometidas pela psoríase são fortalecidos pelos movimentos sociais. Destaca-se o trabalho das associações de pacientes portadores de psoríase, que promovem ações educativas, buscando conscientizar a sociedade e, mais uma vez, evidencia-se o objetivo de romper com o preconceito e a discriminação causados pelo desconhecimento da doença.
    
     A intervenção da equipe multiprofissional de saúde em parceria com as associações contribui para a promoção da qualidade de vida, bem como para o fortalecimento da autoestima das pessoas com psoríase e de seu grupo familiar. 
Fonte: Diário de Natal

5 comentários:

  1. Oi boa noite, meu nome é joice e so portadora da psoriase, gostaria de explicações a respeito da psoriase forme, quem puder mimexplicar um pouco sobre como atua a psoriase forme por favor entre em contato, meu e-mail é: silvajoice89@hotmail.com, obrigada!

    ResponderExcluir
  2. oi eu sou a Nelmária vou fazer meu tcc sobre a psoríase. gostaria de saber mais sobre o assunto se puder entre em contato meu e-mail é:nelmaria.p@hotmail.com

    ResponderExcluir
  3. Oi Meu nome é Luiza, tenho psoriase e gostaria de saber meus direitos referente aposentadoria ou algum beneficio para quem tem a doença. e-mail malu_nporto@hotmail.

    Obrigada!

    ResponderExcluir
  4. Olá bom dia, atualmente quais os direitos de pessoas portadoras da psoríase?? no que diz respeito ao trabalho, aposentadoria, direito à medicações gratuitas etc. Aguardo retorno.
    Att, Karla.
    email: karlapedrosa24@hotmail.com

    ResponderExcluir
  5. oi meu nome e Rosane,tenho psoriase e gostaria de saber quais os meus direitos a aposentadoria,a medicamentos gratuitos e etc... email;Ro03butterfly@hotmail.com

    ResponderExcluir