Preocupados com dados que apontam a queda como um dos importantes fatores de risco, vulnerabilidade, incapacidade e mortalidade no idoso o Grupo Técnico Estadual de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa (GTEASPI) em parceria com o Ministério Publico esta promovendo nesta quarta-feira (26) uma oficina de prevenção de osteoporose, quedas e fraturas no Praiamar Hotel.
O evento que teve início às 8h com palestras e mesa redonda debatendo sobre Política Nacional de Saúde do Idoso teve como tema "Osteoporose: o que é e qual o seu impacto na qualidade de vida da pessoa idosa, além da Instabilidade postural e quedas: como identificar e intervir no caso do idoso de risco na Atenção Básica".
Cerca de 30% das pessoas acima de 65 anos tem pelo menos um episódio de queda por ano e esse percentual aumenta muito em pessoas acima de 75 anos, principalmente nas mulheres entre 20% e 30% das pessoas que caem acabam sofrendo agravos que reduzem sua mobilidade, sua independência aumenta o risco de morte prematura. As quedas são responsáveis por 12% dos óbitos na população geriátrica e grande parte delas é acidental, ocorrendo dentro de casa ou em seus arredores, geralmente no desempenho de atividades do cotidiano.
Estão participando do evento profissionais de saúde de diversas categorias, profissionais do Programa de internação Domiciliar (PID), representantes das regionais de saúde de todo o Rio Grande do Norte, coordenadores das Instituições de Longa Permanência do Idoso (ILPI) e pastorais de algumas igrejas. "O objetivo da oficina é discutir estratégias de prevenção da osteoporose, quedas e fraturas para ajudar na qualificação do tratamento com o idoso, os dados nos mostram que a população geriátrica sofre muitos acidentes domésticos que acabam se agravando, então é importante esclarecer a todos que cuidam dos idosos desde os enfermeiros até os coordenadores de instituições para que eles possam ter como supervisionar. Além de cuidados médicos, detalhes do dia a dia como a cera que passa no chão da casa também são importantes para prevenir os acidentes", explicou Cláudia Frederico de Melo, coordenadora do GTEASPI.
Os dados convocam a repensar o modo de operar o cuidado em que muitas vezes se pauta na lógica de que o processo de fragilização do idoso é, sobretudo, uma condição natural do envelhecimento. Esta visão não estimula as práticas preventivas, tendo como conseqüências, intervenções tardias que reduzem a capacidade de autonomia dos idosos, comprometendo sua capacidade funcional. As práticas de produção da saúde requerem um conjunto de cuidados, escuta qualificada permanente, investigando aspectos que envolvem a vida da pessoa idosa.
Contribuindo assim, para um envelhecimento ativo e saudável, com autonomia, não só tratando das doenças e seus danos, que muitas vezes ocorrem sem o conhecimento ou tratamento devido pelos profissionais da saúde.
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Fonte: Correio da Tarde
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