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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

KPC Pode Ter Chegado ao RN


O empresário Franklin Ferreira Pinto, de 49 anos, internou-se em um hospital particular de Natal, no dia 7 de novembro, para a retirada de um cálculo renal, e o que era para ser um procedimento cirúrgico simples acabou se transformando em um grave risco de morte. A cirurgia foi um sucesso, mas durante o período de internação ele contraiu a super bactéria Klebsiella Pneumoniase Carbapenemases (KPC), e a situação acabou se complicando.

Franklin Ferreira Pinto contou à reportagem do Diario de Natal que se internou no dia 6 de novembro e a cirurgia foi realizada no dia 7. Tudo transcorreu bem durante o procedimento cirúrgico, mas nos três dias seguintes ele apresentou hemorragia por duas vezes. A hemorragia foi tratada e no dia 15 de novembro ele recebeu alta do hospital. "Eu estava me sentindo bem quando fui para casa, mas no mesmo dia comecei a ter febre, aí me preocupei", disse.

Depois de três dias tendo febre ele retornou ao hospital. "Quando eu cheguei o médico já me disse que a febre não era normal e nem relacionada à cirurgia. Fiz vários exames, entre eles a hemocultura e urocultura, que confirmaram que eu estava com a superbactéria KPC", disse Franklin. Ele foi levado para o isolamento da unidade hospitalar e só pôde receber visitas de pessoas próximas, mas sem nenhum contato físico.

A superbactéria KPC é resistente a 95% dos antibióticos existentes no país. Na primeira tentativa de tratamento os médicos, deram ao empresário o medicamento Mexonen, mas ele não respondeu bem ao tratamento. Em seguida, ele começou a tomar o remédio Tigacial, e melhorou. O tratamento durou 13 dias e no dia 3 de dezembro o empresário teve alta. "A equipe médica do hospital acreditava que eu já estava livre da bactéria, mas mesmo assim eu resolvi procurar um infectologista", disse.

Os exames foram todos refeitos e a urocultura mostrou que a bactéria ainda estava no organismo do empresário. Ele fez outro tratamento, dessa vez com o medicamento Amicacina, e agora aguarda o resultado da última urocultura, que deve sair no dia 28 deste mês. "Eu sofri muito, ainda não estou de alta completa porque dia 28 recebo o último exame de sangue. Não morri porque tenho recursos financeiros, mas tive medo de morrer, teve uma hora que eu pensei que não ia conseguir", contou. Oficialmente, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Norte não registrou nenhum caso da bactéria KPC no estado. 
Fonte: Diário de Natal

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