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sábado, 4 de junho de 2011

Cremern alerta sobre uso de medicamento contra dengue no RN

O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (Cremern) se pronunciou publicamente, através de uma coletiva para imprensa realizada na tarde desta quarta-feira (1), contra a nova lei municipal que determina a realização de estudos para o uso de medicação homeopática no combate e prevenção da dengue em Natal. A assessoria jurídica do Cremern está avaliando a melhor forma de contestar a nova Lei Nº 6.252, de 25 de maio de 2011.

O presidente do Cremern, Jeancarlo Cavalcante, abriu a entrevista chamando atenção para a  preocupação do conselho diante da questão, já que a medicina não reconhece o combate e a prevenção da dengue através da homeopatia.  De acordo com o presidente, os médicos alopatas não acreditam nesse tipo de tratamento.

Também participaram da coletiva, a convite do Cremern, o vice-presidente da Sociedade Norte-rio-grandense de Infectologia, Hênio Lacerda, e Munir Massud, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Para Hênio Lacerda: “O combate e a prevenção da dengue nunca foram abordados em nenhum congresso de medicina. Pesquisadores nunca citaram a homeopatia como meio de minimizar os males da doença. Não existe metodologia científica para o uso de medicamentos homeopáticos. O tratamento da dengue é através de hidratação. Não há na literatura médica medicamentos para evitar a Dengue”, declarou. Ainda, segundo Hênio Lacerda, a Sociedade de Infectologia reprova, e não recomenda, o medicamento homeopático até que se tenha uma comprovação do resultado”. O infectologista também disse que as discussões municipais sobre o tratamento da doença não vêm sendo questionada junto ao órgão. Para Munir Massud, fazer uma pesquisa para uso de um medicamento em meio a uma epidemia é uma temeridade.

Durante a coletiva, os médicos apresentaram o exemplo do que aconteceu na cidade de São José do Rio Preto, no estado de São Paulo, onde o medicamento homeopático que passou a ser usado para o combate a dengue foi retirado das farmácias por não ter evidências de resultados clínicos.
 
Fonte: Cremern

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