Imunização foi desenvolvida a partir de estudos de Mirian Tendler.
Proteína patenteada pela Fiocruz é tida como promissora pela OMS.
Uma vacina brasileira com base em uma proteína pode ser a primeira contra a esquistossomose, patologia que afeta 20 milhões de pessoas e causa 200 mil óbitos por ano no mundo. Só no Brasil, 7 milhões de pessoas são contaminadas pela doença da "barriga-d'água", especialmente no Nordeste e em Minas Gerais.
Desenvolvida a partir do trabalho da médica Mirian Tendler, descobridora da técnica para isolar a proteína SM14, vital para o parasita causador, a imunização será testada ainda este ano em humanos e, se eficaz, pode chegar à alcance da população até 2015.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), dona da patente dos resultados na manipulação da proteína, licenciou uma empresa nacional para a produção de duas vacinas, para humanos e animais. Especialistas afirmam que é possível reproduzir a vacina em escala industrial. A instituição já aguarda a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para inciar os testes em pessoas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), órgão ligado à ONU, a proteína é a maior esperança contra a esquistossomose atualmente.
A esquistossomose é causada por um platelminto, animal invertebrado, conhecido comoSchistosoma. Na América Latina e na África, a espécie Schistosoma mansoni responde pelas infecções. Sintomas como anemia, febre e diarreia são os mais comuns à doença.
Outra doença, a fasciolose hepática, manifestada em bovinos, caprinos e ovinos, também é alvo das pesquisas da Fiocruz e uma vacina já foi testada com sucesso em carneiros, segundo a instituição.
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