O Brasil está mais perto de se tornar o primeiro produtor mundial da vacina contra a esquistossomose, doença provocada por um verme que atinge 200 milhões de pessoas em 74 países e causa 200 mil mortes por ano. Vinte anos depois de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz terem descoberto uma proteína que dá imunidade contra o verme Shistossoma mansoni, causador da esquistossomose, uma empresa brasileira se prepara para produzir a vacina.
A Fiocruz descobriu a proteína SM14 na década de 90, e licenciou a empresa privada Alvos para continuar as pesquisas. Nesta semana, a Alvos foi comprada pelo grupo brasileiro de produtos veterinários Ourofino, que afirmou que vai produzir a vacina contra a esquistossomose.
A expectativa da Ourofino é que a vacina esteja disponível até 2015.
- Ainda em 2010 devem ser feitos testes em seres humanos, com a autorização da Anvisa. Os testes serão feitos numa unidade da Fiocruz. Depois, vamos fazer mais testes com grupos maiores de pessoas e também nas áreas em que a doença é endêmica - explica o diretor de Pesquisa e Inovação da Ourofino, Carlos Henrique.
Além da vacina contra a esquistossomose, a descoberta da Fiocruz vai permitir à Ourofino fabricar, com a mesma proteína, uma vacina contra a fasciolose hepática, doença que atinge 300 milhões de cabeças de bovinos e ovinos no mundo, causando um prejuízo de US$ 3 bilhões por ano e é conhecida como "baratinha do fígado".
A médica e pesquisadora da Fiocruz Miriam Tendler está otimista com o fato de suas pesquisas estarem dando frutos 20 anos depois.
- Mais de 600 mil pessoas estão expostas ao risco da esquistossomose no mundo, principalmente nos países mais pobres. A doença gera anemia, compromete a capacidade coginitiva das crianças e de trabalho dos adultos em países em desenvolvimento, que precisam de gente jovem para trabalhar. Ela tem sintomas crônicos e contínuos, como náuseas e diarreia. A pessoa toma remédio, mas se infecta de novo, porque o ambiente em que vive não muda - explica a médica.
No Brasil, estima-se que a esquistossome atinge 8% da população, principalmente no Nordeste e no Sul de Minas Gerais.
A Ourofino não soube informar o valor necessário para produzir a vacina contra a doença, mas disse que pretende comercializá-la em todo o mundo. Já na vacina contra fasciolose hepática, que pode começar a ser vendida em dois anos, devem ser aplicados R$ 30 milhões.
A Fiocruz descobriu a proteína SM14 na década de 90, e licenciou a empresa privada Alvos para continuar as pesquisas. Nesta semana, a Alvos foi comprada pelo grupo brasileiro de produtos veterinários Ourofino, que afirmou que vai produzir a vacina contra a esquistossomose.
A expectativa da Ourofino é que a vacina esteja disponível até 2015.
- Ainda em 2010 devem ser feitos testes em seres humanos, com a autorização da Anvisa. Os testes serão feitos numa unidade da Fiocruz. Depois, vamos fazer mais testes com grupos maiores de pessoas e também nas áreas em que a doença é endêmica - explica o diretor de Pesquisa e Inovação da Ourofino, Carlos Henrique.
Além da vacina contra a esquistossomose, a descoberta da Fiocruz vai permitir à Ourofino fabricar, com a mesma proteína, uma vacina contra a fasciolose hepática, doença que atinge 300 milhões de cabeças de bovinos e ovinos no mundo, causando um prejuízo de US$ 3 bilhões por ano e é conhecida como "baratinha do fígado".
A médica e pesquisadora da Fiocruz Miriam Tendler está otimista com o fato de suas pesquisas estarem dando frutos 20 anos depois.
- Mais de 600 mil pessoas estão expostas ao risco da esquistossomose no mundo, principalmente nos países mais pobres. A doença gera anemia, compromete a capacidade coginitiva das crianças e de trabalho dos adultos em países em desenvolvimento, que precisam de gente jovem para trabalhar. Ela tem sintomas crônicos e contínuos, como náuseas e diarreia. A pessoa toma remédio, mas se infecta de novo, porque o ambiente em que vive não muda - explica a médica.
No Brasil, estima-se que a esquistossome atinge 8% da população, principalmente no Nordeste e no Sul de Minas Gerais.
A Ourofino não soube informar o valor necessário para produzir a vacina contra a doença, mas disse que pretende comercializá-la em todo o mundo. Já na vacina contra fasciolose hepática, que pode começar a ser vendida em dois anos, devem ser aplicados R$ 30 milhões.
Fonte: Agência O Globo
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