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sexta-feira, 1 de junho de 2012

Campanha contra gripe acaba hoje sem atingir meta

A Campanha de Vacinação Contra a Gripe termina hoje (01) em todo o país. Até ontem, no Rio Grande do Norte, 356.938 pessoas foram imunizadas, sendo 73,69%, e ficando abaixo da meta do Ministério da Saúde de atingir 80% dos grupos considerados prioritários. No Brasil, 20,6 milhões de pessoas foram vacinadas contra a doença, o que representa 68,34% do público alvo. Em todo o país, 34 mil postos de saúde estão à disposição do público prioritário.

A meta é proteger 24,1 milhões de pessoas dentro de grupos prioritários, formados por idosos a partir de 60 anos de idade, gestantes, população indígena, crianças entre seis meses e dois anos de idade e trabalhadores de saúde. 


Durante toda a sexta-feira as unidades de saúde devem dispor das doses a serem aplicadas 


A campanha, que teria fim no dia 25 de maio, foi prorrogada por uma semana e neste período, foram vacinadas aproximadamente cinco milhões de pessoas. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alerta para a importância da vacina - oferecida gratuitamente nos 34 mil postos de saúde de todo o país - para a segurança, proteção e eficiência que a vacina fornece contra os três vírus que mais circulam no Brasil. "A vacina é a melhor maneira de evitar a doença. Amanhã  [hoje] é o último dia da campanha nacional. É fundamental que as pessoas se protejam para o período de maior circulação do vírus da gripe que se aproxima", explicou Padilha.

A cobertura entre os grupos prioritários no Estado ficou da seguinte forma, segundo a Sesap: os idosos, com 236.718 idosos imunizados; seguidos pelas crianças, 61.871  imunizadas; trabalhadores de saúde, 35.453 imunizados e o grupo das gestantes, com 24.655 imunizados.

Três Estados atingiram a meta de vacinação - Santa Catarina com 786.840 pessoas vacinadas, o que representa 85,92%; o Acre, que já imunizou 89.744 pessoas, o que corresponde a 81,7%, e Alagoas, com 80,16% e 363.092 de vacinas aplicadas.

Entre as regiões, o Sul e o Centro-Oeste se destacam com 75,07% (3.373.032 pessoas) e 72,09%, (1.449.322 imunizados), respectivamente. No Nordeste, 5.678.148 pessoas já receberam a dose da vacina, totalizando 69,52% da população alvo.

Na região Norte, mesmo com as fortes chuvas, 1.513.398 pessoas foram imunizadas, o que representa 67,07%. E no Sudeste, 64,97% da população alvo foi vacinada, totalizando 8.586.639 pessoas.

Com 78,64% de imunizados (englobando 1.954.888 de pessoas), o grupo dos trabalhadores em saúde tem o maior índice de cobertura, entre os que compõem a população alvo da campanha contra a gripe. As crianças com até dois anos de idade atingiram 75,19%, o que significa 3.249.172 de doses aplicadas. Entre a população acima dos 60 anos, foram 13.849.533 doses aplicadas, representando 67,3% do público alvo. A população indígena teve 56,75% de imunização, com 332.841 vacinados. Já entre as gestantes o índice é de 60,59%, o que representa 1.309.183 de mulheres imunizadas.

O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, reforça a importância da vacina e descarta a possibilidade de haver efeitos nocivos. "A vacina é segura e a maioria das reações adversas é leve, como dor e sensibilidade no local da injeção. Só quem tem alergia a ovo não pode tomar a vacina", ressaltou. O secretário explicou ainda que é impossível contrair gripe após a vacinação, como algumas pessoas costumam afirmar. "O vírus usado nesta vacina é inativado", observou.

Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e, de 39% a 75%, a mortalidade global. Entre os residentes em lares de idosos, a vacina reduz o risco de pneumonia em cerca de 60%, e o de hospitalização e morte em aproximadamente de 50% a 68%, respectivamente. Os grupos prioritários foram escolhidos de acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que se baseou em estudos epidemiológicos e elegeram os mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

Brasil gastou R$ 21 bilhões com doenças relacionadas ao fumo

Brasília - Pesquisa divulgada pela Aliança de Controle do Tabagismo indica que R$ 21 bilhões foram gastos no ano passado nas rede de saúde pública e privada com doenças relacionadas ao fumo. De acordo com a entidade, o montante representa quase 30% do valor destinado ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Ministério da Saúde diz que é alto o custo com doenças de fumantes

O estudo revela ainda que o tabagismo é responsável por 130 mil óbitos ao ano no Brasil, o equivalente a 13% do total de mortes registradas no país.


Para a diretora da Aliança de Controle do Tabagismo, Paula Johns, é preciso desfazer o mito de que o tabaco é ruim para saúde, mas bom para a economia do país, "A realidade é outra. Os custos são enormes", ressaltou.



O estudo, segundo Paula, demonstra, que o país gasta mais com o tratamento de doenças consideradas evitáveis do que o montante que é recolhido pela indústria do tabaco na forma de impostos.



Ela alertou ainda que o estudo considerou apenas os custos diretos gerados pelo consumo de produtos derivados do tabaco para a saúde no país e não contabilizou, por exemplo, os casos registrados entre fumantes passivos. "Os valores seriam ainda maiores", disse.



Entre as recomendações listadas pela Aliança de Controle do Tabagismo para o combate ao fumo no Brasil está a necessidade de novas pesquisas que incluam doenças como a tuberculose na lista de enfermidades relacionadas ao fumo, além de levantamentos sobre os custos ambientais provocados pela produção do tabaco no Brasil.



O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, avaliou que o governo se sente "confortável e, ao mesmo tempo, preocupado" com o enfrentamento ao tabaco no país. Ele lembrou que foram registrados avanços como a queda no número de fumantes - o percentual passou de 16,2% em 2006 para 14,8% no ano passado. Ele lembrou, entretanto, que o país ainda contabiliza 25 milhões de pessoas que fumam.



"Precisamos aperfeiçoar o aspecto legal que trata do banimento do fumo em ambientes fechados, da taxação inibidora e do avanço no combate à pirataria", destacou.

Leitos de UTI no RN são metade do recomendado pelo MS


O número de leitos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Rio Grande do Norte é 50% inferior ao recomendado pelo Ministério da Saúde. Somente na capital, existem 151 vagas, nas redes pública e privada, quando o necessário seria pelo menos 300. A situação pode piorar caso o Conselho Regional de Medicina (Cremern) interdite alguns leitos que funcionam, segundo especialistas, de forma irregular. A demanda reprimida é outra preocupação. Em alguns hospitais, há casos de pacientes que aguardam por cirurgias há mais de um mês por falta de vagas nesse setor.
As autoridades de Saúde Pública não sabem qual a quantidade exata de pacientes que, nesse momento, aguardam uma vaga nas UTIs. No entanto, de acordo com o presidente da Sociedade Norte-Riograndense de Terapia Intensiva (Sonorti), Antônio Fernando, o índice é elevado. "Não sabemos exatamente esse percentual porque os hospitais não fazem esse acompanhamento. Porém, é certo que há uma demanda reprimida muito alta. O número de leitos é baixo", disse.
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A falta de leitos nas UTIs do Estado é assunto discutido há muito tempo. Em abril passado, devido à falta de vagas na rede pública, a juíza Patrícia Gondim Moreira Pereira, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Natal, determinou ao Estado do Rio Grande do Norte e ao Município de Natal a instalação ou ampliação de leitos, conforme determinado pela Portaria Ministerial nº 1.101/2002, em um percentual de no mínimo 7% dos leitos totais. A determinação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJRN) e Estado e Município têm cerca de cinco meses para cumprir a ordem sob pena de pagar multa diária.
Porém, mesmo com a decisão judicial, a população não observa melhorias. Pelo contrário. No dia 18 de maio, a UTI do Hospital Giselda Trigueiro foi transferida para o Hospital Ruy Pereira. O motivo da mudança inesperada foi um curto-circuito na rede elétrica do Giselda que danificou alguns aparelhos. Desde então, os pacientes estão acomodados em uma sala improvisada. O espaço é amplo mas não oferece a mesma comodidade e segurança necessária. "A pior parte diz respeito aos diagnósticos. Estamos aqui, mas todos os exames são feitos no Giselda. Além disso, as roupas e alimentação também vêm de lá. Fica complicado trabalhar assim", relatou Ariane Pereira, infectologista. Na tarde de ontem, quatro pacientes estavam no setor. Não há informações de até quando a UTI do Giselda Trigueiro funcionará de forma improvisada.
Enquanto isso, médicos e pacientes dividem uma outra preocupação. O hospital Ruy Pereira pode sofrer intervenção ética. Em janeiro, os médicos que trabalham no local entregaram um documento à Sonorti relatando as dificuldades e necessidades. Segundo Antônio Fernando, na UTI, que abriga cinco leitos, não há material básico como aparelho de raio-x. "Os médicos nos relataram que há problemas com exames laboratoriais. É difícil manter uma UTI funcionando nessas condições", disse. O Cremern, segundo o presidente, tem conhecimento da situação e deve se pronunciar nos próximos dias.
A TRIBUNA DO NORTE entrou em contato com a secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) na tarde de ontem. A assessoria de imprensa informou que "há alguns dias, algumas pessoas procuram a secretaria para falar sobre o assunto, mas ninguém está à vontade para falar sobre isso". A Sesap está sem secretário desde o início de maio. Alguns questionamentos foram encaminhados à Sesap, via e-mail, mas não obtivemos resposta.

Servidores registram boletim de ocorrência sobre situação de hospitais da Zona Norte


O Sinmed, o Sindsaúde e o SOERN entregaram à polícia na manhã desta segunda-feira (28/05) um relatório sobre o desabastecimento das unidades hospitalares da Zona Norte de Natal. O objetivo é denunciar às condições a que são submetidos os pacientes e que muitas vezes perdem suas vidas devido a falta de insumos.
Servidores, médicos e odontólogos saíram em passeata do Hospital Santa Catarina até a 9ª DP. O relatório também traz os problemas enfrentados no Hospital Infantil Maria Alice Fernandes. O relatório foi recebido pelo delegado titular da 9ª DP, Fernando Antônio, que disse que iria instaurar o inquérito com base no artigo 132 do código penal que trata de expor a vida ou a saúde de outrem ao perigo. Ele ainda orientou os sindicatos a pedirem que funcionários e pacientes procurem a delegacia para registrar boletins de ocorrência sobre casos que possam ser usados no inquérito, como também levar testemunhas que possam embasar as investigações.
Os sindicatos da saúde já recorreram ao Ministério Público, a Assembleia Legislativa e ao Governo do Estado mas até agora nenhuma providência concreta foi tomada para resolver o problema. Pessoas continuam morrendo por falta de medicamentos e instrumentos e à espera de UTI. O governo já tentou, durante negociações, responsabilizar a greve dos servidores da saúde por várias mortes ocorridas no setor público estadual. Os sindicatos pretendem com isto mostrar quem é o real autor das mortes destes pacientes. 
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UTI do Giselda improvisada no Ruy Pereira enfrenta sérios problemas


Na tarde desta segunda-feira (28/05) os servidores da saúde, em greve, se reuniram em frente ao Hospital Ruy Pereira para denunciar os problemas enfrentados na UTI improvisada instalada na unidade. Desde o dia 18 de maio a UTI do Hospital Giselda Trigueiro foi transferida às pressas para o Hospital Ruy Pereira depois que um curto circuito da rede elétrica danificou vários aparelhos como respiradores e monitores. As vidas foram salvas mas estão sendo submetidas a situações desumanas, tanto pacientes como funcionários.
O local onde foi instalada a “nova” UTI é apenas uma salinha onde os pacientes ficam ordenados em um quarto grande. Os pacientes do Giselda são especificamente portadores de doenças infecto-contagiosas, entretanto, o local não possui o isolamento necessário. Se um paciente com meningite, tuberculose ou varicela, chegar precisando de internamento simplesmente não poderá ser internado. E mesmo os casos que podem ser internados possuem um grau de infecção. O detalhe é que a UTI improvisada está ao lado da UTI do Ruy Pereira que recebe pacientes diabéticos para amputação, com imunidade baixíssima.
Os materiais esterilizados estão guardados em caixas em baixo da pia, colocando em risco de infecção. Falta lençol, capote, remédios e medicação. Geralmente um carro vai até o Hospital Giselda Trigueiro para buscar insumos, mas os funcionários ressaltam que nem sempre há gasolina suficiente para isso.
Os funcionários que precisam dar atenção contínua aos pacientes ficam ao lado das camas em colchões. Os demais vão para o descanso dos profissionais do Ruy Pereira que cederam suas instalações. Todavia, com o ato de boa vontade, estes profissionais acabaram perdendo seu local de descanso e estão em cadeiras no auditório. Tudo improvisado.

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No dia 18 de maio, por volta das 16h, um curto circuito queimou vários aparelhos da UTI da unidade e pacientes foram transferidos às pressas. A solução encontrada foi levar os pacientes para estrutura montada no Hospital Ruy Pereira e que não havia sido inaugurada por falta de pessoal.
Problemas na rede elétrica do Giselda são frequentes e recentemente os profissionais enfrentaram um princípio de incêndio no local. Ainda não foi tomada qualquer providência para o retorno dos pacientes e funcionário ao prédio do Giselda Trigueiro. 

FONTE: Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte