sexta-feira, 30 de julho de 2010
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Cientistas criam 'vacina adesivo' para evitar dor de injeção
Pesquisadores fizeram testes da nova tecnologia com camundongos
Pesquisadores americanos estão desenvolvendo uma vacina em forma de adesivo que poderia substituir as dolorosas seringas de injeções.
O adesivo tem centenas de agulhas microscópicas que se dissolvem quando em contato com a pele.
Cada adesivo contem 100 "microagulhas" com 0,65 milímetro de comprimento. Os adesivos foram desenvolvidos pela Emory University e pelo centro científico Georgia Institute of Technology.
Testes feitos em camundongos mostraram que a nova tecnologia pode ser até mais eficaz na imunização contra doenças como gripe.
Custo
Camundongos que receberam vacina antigripe através dos adesivos desenvolveram um sistema imunológico mais resistente do que os que receberam a vacina pelo método tradicional.
Em pesquisa publicada na revista científica Nature Medicine, os cientistas disseram que com os adesivos as pessoas poderiam administrar as vacinas em si mesmas.
Hoje em dia, a maioria das vacinas precisa ser administrada por pessoas com treinamento em enfermagem.
A tecnologia também ajudaria a aplicação de vacinas em larga escala durante pandemias ou em situações de calamidade.
"Nós imaginamos as pessoas recebendo o adesivo pelo correio ou comprando na farmácia e se automedicando em casa", afirma Sean Sullivan, pesquisador da Georgia Tech.
"Como as microagulhas do adesivo se dissolvem na pele, não sobrariam agulhas perigosas no processo."
Richard Compans, professor da Emory University e co-autor do artigo, explica que as microagulhas não precisam penetrar muito profundamente na pele, pois há muitas células do sistema imunológico imediatamente abaixo da superfície da pele.
"Esperamos poder fazer alguns testes em humanos em alguns anos", disse.
Na pesquisa publicada na revista científica, os pesquisadores usaram apenas vacina antigripe, mas eles esperam poder desenvolver adesivos com outros tipos de vacinas. Outro desafio da pesquisa é manter o custo baixo, no mesmo nível da produção de seringas.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/
Mais de 5 milhões tomaram remédio contra Aids em 2009, diz OMS
Ex-presidente dos EUA Bill Clinton diz que número é insuficiente. Dados foram apresentados pela OMS em Viena.
O número de pessoas tomando remédios cruciais no combate à Aids em 2009 aumentou em 1,2 milhão, totalizando 5,2 milhões de pacientes recebendo de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (19) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo o órgão com base na cidade de Genebra, na Suíça, a distribuição e administração de antirretrovirais cresceram 12 vezes entre 2003 e 2010.
"Nós estamos muito entusiasmados por esse resultado, é o maior crescimento que vimos em um único ano", afirma Gottfried Hirnschall, diretor do departamento de HIV/Aids da OMS.
Os novos dados foram apresentados na 18ª conferência internacional sobre a Aids, realizada em Viena, capital austríaca.
Entre os presentes, o ex-presidente norte-americano Bill Clinton destacou o aumento no acesso à remédios, porém lembrou que o número representa apenas um terço das pessoas que precisam de tratamento imediato.
"Nós não podemos acabar com a epidemia sem investimentos maiores e mudanças reais no modo que gastamos este dinheiro", disse Clinton.
A organização Médicos Sem Fronteiras também celebrou a alta no acesso de pacientes aos medicamentos, mas também alertaram para o problema da falta de fundos para pesquisas futuras.
"A maior preocupação agora está no fato de que este movimento de ascensão pode ser impedido. Nós não podemos retroceder agora", disse Tido von Schoen-Angerer, líder da campanha para garantir acesso a remédios essenciais e integrante do grupo.
Dados completos sobre a situação mundial da Aids serão divulgados em um estudo completo da OMS em setembro.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/
Abertura indiscriminada de faculdades de medicina vai terminar em tragédia, alertam médicos
Existe consenso hoje de que a ausência de medidas enérgicas para solucionar tais problemas aumenta o perigo de atendimento não qualificado aos cidadãos, o que certamente já coloca vidas em risco em todas as regiões do Brasil. Trata-se, enfim, de uma tragédia anunciada, que, infelizmente, pode, em breve espaço de tempo, fazer muitas vítimas pela omissão de autoridades, pela falta de legislação e políticas públicas consistentes.
Proliferação irresponsável - Faz quase 15 anos que entidades médicas nacionais, estaduais e sociedades de especialidade chamam a atenção de políticos, da mídia e da comunidade para a proliferação irresponsável de cursos de medicina. Lamentavelmente, sucessivos governos têm feito vistas grossas para o problema. Vêm prevalecendo assim interesses econômicos e políticos contestáveis, com anuência de uma legislação permissiva.
O resultado é que temos no Brasil hoje 180 escolas médicas, em grande parte sem estrutura mínima, sem corpo docente próprio e qualificado na área médica ou hospital universitário.
Uma expressiva parcela de empresários do “ensino superior” - nem um pouco comprometida com a assistência em saúde aos cidadãos - busca fundamentar a enxurrada de novos cursos com argumentos tendenciosos. Fala-se, por exemplo, que há falta de médicos no Brasil; outros dizem que a criação escolas é importante para inclusão de novos alunos nos cursos superiores.
O fato é que não há falta de médicos. Entre 2000 e 2009, a quantidade de profissionais de medicina aumentou 27% – de 260.216 para 330.825. No mesmo intervalo de tempo, a população brasileira cresceu aproximadamente 12% – de 171.279.882 para 191.480.630, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Recente pesquisa do CFM revela que a média nacional é de um médico para 578 habitantes. Na cidade de São Paulo, existe um para 239 habitantes - média superior à de países europeus. É verdade, por outro lado, que há regiões com número insuficiente de profissionais, mas trata-se de fruto da má distribuição pelo território nacional – outra consequência da fragilidade de nossas políticas públicas de saúde.
Recordista mundial - Também não são escassas as oportunidades de inclusão nas faculdades de medicina. Temos 180 cursos (102 particulares, 7 municipais, 24 estaduais e 48 federais) e cerca de 17 mil vagas criadas anualmente para universo que se aproxima de 200 milhões de habitantes. Somente de 1996 a 2009, 98 escolas médicas foram autorizadas (entre as quais apenas 30 públicas), situação sem paralelo em qualquer outro país do mundo.
Vale aqui um parêntese: a China, com mais de 1 bilhão e 300 milhões de habitantes, possui 150 cursos médicos; os Estados Unidos, com população de mais de 300 milhões, contam com 131 faculdades de medicina.
Para agravar o quadro brasileiro, várias faculdades, ao arrepio dos termos de sua autorização abrem mais de um vestibular ao ano. Outras, à falta fiscalização efetiva, burlam os processos de qualificação e incluem transferidos clandestinos ao longo do curso.
Os resultados da proliferação irresponsável de escolas já são públicos. Provas experimentais realizadas, por exemplo, por entidades médicas de São Paulo e do Rio Grande do Sul atestam que o nível da formação é péssimo, em regra. Hoje, em regiões em que o ensino é menos sofrível, existem estimativas de que cerca de 60% dos estudantes do sexto ano não têm conhecimento suficiente da medicina. Dá para imaginar, por consequência, qual é a realidade das regiões mais frágeis economicamente e das mais remotas. Isso sem falar no risco que a população está sofrendo.
Mudança na gaveta - Insensível à situação calamitosa, o Congresso Nacional há mais de 6 anos mantém na gaveta projeto de lei (PL 65/2003) que estabelece parâmetros para autorização de abertura e renovação de cursos de medicina. Até que este projeto seja aprovado e passe a vigorar, não haverá respaldo jurídico sólido para impedir o funcionamento de escolas médicas sem hospital de ensino próprio, sem corpo docente médico suficiente vinculado ao hospital universitário, sem programa de residência médica associado, requisitos essenciais para instituições dessa natureza.
Mudar a legislação é imperioso. Contudo, não basta para garantir a qualidade dos graduados. É fundamental, simultaneamente, avaliações externas, realizadas por instituições independentes, como a de entidades médicas.
Cabe ressaltar que, de uns tempos para cá, vê-se na atual administração do Ministério da Educação (MEC), esforços verdadeiros no sentido de corrigir distorções no aparelho de formação em medicina. Com esse intuito, o ministro Fernando Haddad e sua Secretária de Educação Superior (SESU), Maria Paula Dallari Bucci, contam com o relevante apoio do professor Adib Jatene, presidente de comissão de especialistas criada especialmente para avaliar a qualidade do ensino médico. Entretanto, pela dimensão do problema a dose do remédio está aquém da necessária.
Revalidação obrigatória - Durante o ENEM outro problema importante a ocupar a pauta é a revalidação dos diplomas obtidos fora do Brasil. Faz alguns anos, o governo busca criar privilégios para um grupo de estudantes brasileiros formados em Cuba, na Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM).
Vale lembrar que a revalidação dos diplomas da ELAM está prevista no ajuste ao acordo de cooperação cultural e educacional assinado entre os governos de Brasil e Cuba em 2006, e que começou tramitar na Câmara por meio do Projeto de Decreto Legislativo 346/07. Desde então, o governo já apresentou uma série de portarias e normativas para tentar dispensar tais graduados do exame de revalidação.
As entidades médicas compreendem que os critérios de revalidação devem ser iguais para todos, seja o médico formado em Cuba, na Bolívia, nos Estados Unidos, na Inglaterra ou em qualquer outro país. É essencial ter um exame nacional unificado, sem a adoção de mecanismos diferenciados a esta ou aquela nação.
Não se pode, sob hipótese alguma, permitir que uma só pessoa exerça a medicina no país sem comprovar que está 100% apta e capacitada para lidar adequadamente, com competência e resolutividade, com a saúde dos cidadãos.
Residência médica - O intuito das entidades é apoiar a expansão do número de vagas e bolsas de residência para cada egresso nas áreas gerais, de acordo com as necessidades da saúde pública. Além disso, deve-se valorizar a residência como pós-graduação ideal, frente a estágios e cursos de especialização sem mínimas regras éticas e pedagógicas.
Para tal, é necessário garantir financiamento apropriado às instituições; adequação do valor da bolsa (que não é reajustada há dois anos), bem como reajuste anual e respaldo às reivindicações dos residentes, como 13º salário, auxílio-alimentação e alojamento, adicional de insalubridade, licença-gestante de seis meses e garantia de retorno para término da bolsa.
São esses e outros pontos vinculados ao tema que serão debatidos exaustivamente durante o ENEM, com o intuito de apontar soluções consistentes e urgentes para a universalização da residência. ** Programa preliminar, abaixo.
sábado, 17 de julho de 2010
Curso promove I Caminhada Humanização Empresarial - esse é o caminho
O objetivo dessa caminhada é arrecadar donativos como leite em pó e fraldas descartáveis para essas crianças. O movimento terá início às 8h30min, na UnP da Floriano Peixoto com destino ao Hospital para a entrega dos donativos arrecadados.
Para que esse ato de cidadania e responsabilidade social seja concretizado, os alunos estão pedindo o apoio de empresários e de todos os cidadãos que possam contribuir, seja com dinheiro, leite em pó (preferencialmente, de soja e sem lactose) ou com fraldas descartáveis (qualquer tamanho). Você poderá entregar a sua doação a partir de sábado, 10 de julho, na UnP da Roberto Freire, durante todo o dia.
As inscrições para participar da caminhada poderão ser efetuadas de 10 a 19 de julho, na UnP da Roberto Freire, ao valor de R$ 10. O dinheiro arrecadado com as inscrições será revertido na compra do leite apropriado às crianças do Hospital Varela Santiago. Participe e seja solidário! Mais informações no telefone (84) 3215-1234
Estudo liga quadris a risco maior de perda de memória em mulheres
Pesquisadores da faculdade de medicina da Northwestern University, em Chicago, sugeriram que o formato do corpo da mulher pode influenciar o desempenho de sua memória após a menopausa.
Eles notaram que mulheres com gordura acumulada na barriga tiveram um desempenho melhor em testes de raciocínio do que mulheres com formato em corpo de pera, ou seja, com cinturas menores e quadris largos - ou seja, com mais gordura acumulada nos quadris.
Os pesquisadores dizem acreditar que a gordura na barriga conserva uma quantidade maior do hormônio feminino estrogênio, cuja produção pelo corpo diminui após a menopausa.
Acredita-se que o hormônio ajude a proteger o cérebro da degeneração da atividade cognitiva.
Hormônio
O estudo analisou 8.745 mulheres que já passaram pela menopausa, com idades entre 65 e 79 anos de idade.
Elas completaram um teste de memória que os cientistas usaram para analisar a atividade cerebral. As mulheres com corpos em formato de pera tiveram um desempenho especialmente fraco.
Os cientistas afirmam no estudo, divulgado na publicação científica American Geriatrics Society, que isto se deve à diferença da gordura depositada nos quadris e coxas comparada com as mulheres com maior quantidade de gordura na barriga.
Já sabia-se que tipos diferentes de gordura armazenam hormônios diferentes e tem efeitos distintos nos níveis de lipídios e pressão arterial.
Os cientistas dizem que excesso de gordura em qualquer lugar pode afetar o cérebro de mulheres mais velhas, mas que um pouco de gordura na cintura, em particular, pode proteger a atividade do cérebro.
Por outro lado, eles ressaltam que excesso de gordura na cintura aumenta o risco de outras doenças como câncer, diabetes e problemas cardíacos.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude
Doenças respiratórias requerem cuidado com higiene no inverno
Recomendações incluem lavar as mãos e evitar compartilhar objetos.
O Ministério da Saúde divulgou informações nesta quinta-feira (15) sobre as principais doenças durante o inverno, para orientar a população sobre sintomas possíveis e métodos de tratamento.
Segundo o órgão, hábitos de higiene simples como evitar compartilhar objetos pessoais com pessoas gripadas e lavar as mãos constantemente são medidas eficazes para restringir as chances de contágio.
Água e sabão são recomendados para realizar a assepsia das mãos e do rosto. Lugares úmidos e frios permitem a multiplicação do vírus, devendo ser ventilados e iluminados pelo sol como formas de prevenção.
Casos mais frequentes
A gripe é doença respiratória que apresenta sintomas como febre acima de 37 graus, congestão nasal, tosse, dores de garganta, nas articulações e musculares. Transmitida diretamente por meio da saliva expelida no ar ou por meio do contato com mãos contaminadas, quando levadas à boca, nariz e olhos.
Entre os três tipos de vírus influenza (A, B e C), causador da gripe, existe o H1N1, um dos motivos da atual campanha de vacinação que atingiu 85 milhões de pessoas até 01 de julho no Brasil, segundo os dados do Ministério da Saúde.
Mais de 1,9 milhão de tratamentos contra o H1N1 já foram distribuidos às secretarias de saúde estaduais pelo Ministério da Saúde em 2010.
Grupos mais suscetíveis a complicações são o de gestantes, doentes crônicos, adultos entre 20 e 39 anos, crianças entre 6 meses e 5 anos e, principalmente, profissionais da saúde e indígenas.
No caso do resfriado, os sintomas são similares aos das gripes, porém menos intensos e demorados. Infecção viral causada por agentes como o rinovírus, parainfluenza e Vírus Sincicial Respiratório, apresenta as mesmas medidas de prevenção como cuidado com a higiene, especialmente a das mãos.
Rinite alérgica, doença crônica causada por agentes como poeira, pêlos de animais, poluição, mofo e alimentos, também é frequente durante o inverno e pode levar a confusão na hora de diagnosticar sintomas como coriza, irritação na garganta e espirros.
Quadro no Brasil
O período entre maio e outubro representa aumento nos casos de gripe, mas há variação de acordo com o local do País. Sudeste e Sul, invernos rigorosos descolam o crescimento na incidência de pacientes com a doença para os meses entre junho e outubro.
Regiões como o Norte e o Nordeste apresentam maior número de casos entre abril e junho, meses mais chuvosos, conforme afirma Marcia Carvalho, coordenadora de Vigilância de Doenças de Transmissão Respiratória da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Cerca de 15% dos atendimentos nas 62 unidades de saúde voltadas ao atendimento de casos de influenza receberam pacientes com sintomas de gripe em 2010. Para o Sistema de Vigilância-Sentinela de Influenza do Ministério, a primeira semana de junho já apresenta um crescimento nas consultas nas quais as pessoas relataram características da doença.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude
Gene responsável por esperma humano tem 600 milhões de anos
Descoberta foi feita por equipe da Northwestern University.
Um gene responsável pela produção de esperma no homem tem 600 milhões de anos, de acordo com estudo da Northwestern University divulgado nesta quinta-feira (15) no site PLoS Genetics.
Homólogos da proteína Boule são encontrados nos genomas de espécies primitivas do reino Metazoa (dos animais) até os cordados mais recentes.
O exame da evolução da proteína Boule entre insetos e mamíferos revelou poucas evidências de mudanças bruscas nas funções coordenadas, padrão diferente do notado na maior parte dos genes reprodutivos.
Os cientistas acreditam que o Boule é o gene específico voltado para a produção de esperma mais antigo já descoberto. Eugene Xu, professor de obstetrícia e ginecologia da Escola de Medicina Feinberg e autor principal do estudo, acredita que esta é a prova de que toda produção de esperma em animais tem uma única origem.
Xu utilizou material coletado de humanos, peixes, esquilos, mosca das frutas, galos e ouriços-do-mar.
Segundo os especialistas da Northwestern University, conhecer as características da proteína Boule permite compreender melhor a infertilidade masculina. Outra possível aplicação da descoberta está no desenvolvimento de contraceptivos específicos para o gene imutável.
A proteína Boule também teria o potencial de reduzir a chance de contágio por doenças causadas por mosquitos e minhocas.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Câmara Técnica de Telemedicina propõe emenda a projeto de lei
Coutinho é autor de um projeto que regulamenta o trabalho à distância e conceitua e disciplina as relações de teletrabalho, o PL 4.505/2008. O teletrabalho abrange formas de trabalho que utilizam tecnologias informáticas e de telecomunicações, incluindo a telemedicina.
CFM regulamenta atuação temporária de médico em estado diferente do de origem
O visto provisório está previsto na Resolução 1.948/10, publicada no Diário Oficial da União em 6 de julho. A medida entrou em vigor imediatamente após sua divulgação. Pela nova regra, o visto será concedido para o exercício profissional temporário em determinada localidade quando o médico não possuir vínculo empregatício na região de destino e quando a atividade não assumir caráter habitual. A norma determina que o médico requeira o visto ao presidente do Conselho Regional de Medicina da localidade de destino, apresentando a carteira profissional de médico para assentamento e assinatura do presidente do CRM.
Além da obtenção do visto provisório, há duas outras maneiras de se exercer a profissão em outro estado: com a inscrição secundária ou com a transferência definitiva, previstas no Estatuto dos Conselhos de Medicina. A opção pela inscrição secundária se mantém obrigatória para o médico que exerça a Medicina de forma habitual em mais de uma unidade da Federação. O médico deverá requerer inscrição secundária ainda que o somatório anual descontínuo de dias não ultrapasse 90.
Inscrição fracionada - A exceção prevista na Resolução abrange médicos peritos, auditores, integrantes de equipes de transplante pertencentes a entes públicos, empresas de âmbito nacional e aqueles profissionais contratados como assistentes técnicos em perícias cíveis e criminais, de forma temporária e excepcional. Nesses casos, a Resolução prevê que a inscrição provisória poderá ser concedida de forma fracionada, respeitado o período total de 90 dias em um mesmo exercício financeiro.
De acordo com o coordenador da Comissão que relatou a proposta de resolução, Emmanuel Fortes (3º vice-presidente do CFM), a condição diferenciada se justifica pelo fato de que esses profissionais exercem atos institucionais, e não de caráter particular. Ele afirma que essa atuação não vai ficar livre da fiscalização dos Conselhos. “O CFM e os CRMs terão postura rígida de controle e o trabalho não poderá exceder 90 dias em um ano.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Sociedade Brasileira de Cardiologia quer informação sobre sal nas embalagens
“Uma bolacha cuja embalagem diz que tem 283 miligramas de sódio, tem na realidade 849 gramas de sal”, explica Daniel Magnoni, um dos coordenadores da pesquisa. “Para saber quanto sal tem determinada quantidade de sódio, é preciso multiplicar por 2,5”, diz ele.
Isso significa que se um hipertenso comer seis bolachas num dia e não ingerir mais nada, nem arroz, nem bife, nem comer um pãozinho que seja, mesmo assim ingeriu mais do que as 5 gramas de sal que os cardiologistas consideram o máximo tolerável. “É este o motivo pelo qual a Sociedade Brasileira de Cardiologia iniciou uma campanha para tornar obrigatória a informação sobre sal e não sódio, nas embalagens”, diz ele.
Do ponto de vista médico, a campanha contra o abuso do sal faz todo sentido, afirma o presidente da SBC, Jorge Ilha Guimarães. Ele lembra que levantamento do Ministério da Saúde mostrou que no Brasil a incidência de hipertensão, “a doença silenciosa”, gira de 25% a 45% da população adulta, o que explica que a cada ano 315 mil brasileiros morrem de infarto e de AVC, que poderiam ter sido evitados com uma dieta saudável.
A nova pesquisa é um trabalho coletivo de Monica Romualdo, Cristiane Kovacs, Fernanda Cassullo Amparo, Priscila Moreira, que estudaram um universo de 1.294 hipertensos. Um grupo de 13 estudantes de Nutrição de quatro Universidades pesquisou o consumo de alimentos industrializados ricos em sal, os hábitos alimentares domiciliares, como uso do saleiro na mesa e quantidade de sal usado no preparo dos alimentos em cada família.
“Verificamos que mesmo os hipertensos que sabem de sua doença e que tem acompanhamento médico há mais de cinco anos, ainda abusam do sal”, explica Daniel Magnoni, e em vez de reduzirem seu consumo, vão aumentando a quantidade de medicamentos que tomam ao longo da vida. Com o passar dos anos, 29,26% dos pacientes passaram a usar dois ou mesmo três medicamentos, para controlar a pressão.
A pesquisa mostrou que 15,26% das famílias usavam de meio a um quilo de sal por mês em casa, apesar das residências terem apenas três moradores, em média, e de estar patente que um deles é hipertenso e deveria controlar o sal.
A conclusão dos cientistas é que é muito baixa a consciência dos riscos do consumo excessivo de sal na população, já que até os hipertensos tem pouco conhecimento do alto consumo, muitas vezes não levam em conta que embutidos como salsicha, linguiça e presuntos também são ricos em sal, como conservantes e os cardiologistas confirmam a necessidade da mudança da legislação, para que fique patente para o consumidor a quantidade de sal que está consumindo. Mesmo a mudança pode não ser suficiente, dizem os médicos, pois a maioria dos hipertensos confessa que não lê os rótulos das embalagens para conhecer a quantidade de sal dos produtos industrializados.
No cômputo geral, o excesso do consumo de sal deriva do uso de temperos prontos, sete vezes por semana, de enlatados e conservas, uma vez por semana, de queijos, consumidos uma vez por semana por 15,78% dos entrevistados e de embutidos, consumidos também uma vez por semana por 19,42% dos entrevistados.
Médicos do Estado recebem reajuste
Prefeitura de Natal apresenta cronograma para implantação do PCCS
Cronograma
O acordo
Médicos do município em greve
domingo, 4 de julho de 2010
Pré-natal é segurança para o bebê
Rita é mãe de três meninos: Luiz Henrique de 12 anos, Luan de 8 e Ryan de apenas 1 mês de vida, fez o pré-natal nas três gravidez e atribui a isso o sucesso dos três partos normais. "Na minha primeira gravidez eu tive um pouco de anemia, mas foi detectado no exame de sangue e a médica logo passou alguns remédios. Foi um probleminha leve, mas se eu não tivesse cuidado talvez algo ruim pudesse ter acontecido", disse.
Nas três gestações, Rita fez os exames na rede pública. Para ela as coisas estão melhorando na área da saúde pública. "Antigamente era mais difícil conseguir um exame, demorava muito tempo para fazer uma ultra, hoje em dia está tudo mais fácil, eu fiz todo o pré-natal de Ryan na rede pública, dos outros dois eu tive que pagar alguns exames porque não conseguia no posto de saúde".
Segundo a Presidente do Comitê Estadual de Mortalidade Materna, Maria do Carmo Melo, é obrigação de todos os municípios oferecer pré-natal nos postos de saúde. Em todos os 167 municípios do Rio Grande do Norte existe o serviço gratuito de pré-natal e cada mulher tem direito a, no mínimo, sete consultas. Apesar disso, muitas gestantes não fazem o pré-natal.
Esse é o caso de Jucilene da Silva, de 21 anos. Grávida de seis meses do primeiro filho ela foi ao médico quando desconfiou que estava grávida. "Ela pediu um exame de sangue, eu fiz e deu positivo. Quando eu levei o resultado do exame ela me pediu mais um monte de exames e uma ultra. Eu ainda tentei marcar a ultra, mas tinha que chegar de madrugada no posto de saúde e eu desisti".
Depois disso ela conta que não foi mais ao médico e ainda não sabe nem o sexo do bebê. "Mas eu vou marcar uma consulta no próximo mês para descobrir o sexo e poder comprar o enxoval", disse. Jucilene desconhece que a principal causa de morte materna no Brasil é hipertensão e síndromes hemorrágicas, problemas que poderiam ser diagnosticados e tratados durante a gravidez, com a realização de um pré-natal de qualidade. Além disso, a intercorrência clínica mais frequente durante a gravidez é a anemia, problema que pode ser constatado emum simples exame de sangue.
Em média, uma gravidez dura quarenta semanas, por essa razão além da qualidade das consultas, a frequência é fundamental. Durante o pré-natal, as consultas são mensais até a 32ª/33ª semana, quinzenais, até a 37ª semana e, semanais, a partir da 40ª semana. Após esse período, a gestante deve ser acompanhada pelo obstetra a cada dois ou três dias.
Fonte: Diário de Natal
sábado, 3 de julho de 2010
I Curso de Férias em Cirurgia
Walfredo Gurgel realiza seleção de estágio para Acadêmicos de Medicina
O período de inscrições será de 5 a 9 de julho próximo, das 8h às12h e das 13h às 17h, no Núcleo de Gestão de Pessoas do CHMWG, localizado a Avenida Hermes da Fonseca, S/N, Tirol. Para tanto, o candidato deve estar munido de fotocópia do CPF e da cédula de identidade, declaração da universidade constando o período vigente que está cursando, duas fotos 3x4. No ato da inscrição, o candidato deverá doar uma resma de papel A4 e uma caixa de luvas para procedimento, tamanho M ou G. As doações substituirão a taxa de inscrição.
A prova escrita de conhecimentos gerais será aplicada no dia 12 de julho, das 19h às21h30. O local de realização será informado, via e-mail, para cada um dos candidatos. O certame contará com 15 questões de múltipla escolha e uma questão dissertativa. O resultado será divulgado no dia 14 de julho. Para os aprovados, o estágio terá início no dia 15 de julho e duração de seis meses.
Link para download do edital: http://www.megaupload.com/?d=E332WHV8
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Código de Ética fixa limites para a publicidade médica
“O Código estabelece que a publicidade médica deve ser socialmente responsável, discreta, verdadeira e reverente à intimidade e à privacidade dos indivíduos. A sociedade espera do médico uma comunicação que não esteja dirigida à conquista de mercado”, sintetiza Carlos Vital, 1º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) e membro da Comissão Nacional responsável pela revisão do Código.
Em seus princípios fundamentais o novo arcabouço ético também prevê que a medicina não pode, “em nenhuma circunstância ou forma”, ser exercida como comércio. Os anúncios médicos, portanto, devem apenas tornar públicos os serviços prestados por profissional ou empresa – práticas agressivas de propaganda, comuns no comércio de bens e na prestação de determinados serviços, são incompatíveis com a ética da profissão.
De acordo com José Fernando Maia Vinagre, corregedor do CFM e membro da comissão revisora, a medicina é e deve ser vista como atividade meio, não como atividade fim. “O médico utiliza técnicas para tratar o paciente. Por meio delas busca promover o bem-estar físico e mental. Precisamos oferecer os melhores métodos e recursos, mas não é correto que um profissional prometa resultados. As promessas podem não se realizar e, assim, o paciente terá sido enganado”, alerta.
As peças publicitárias de serviços médicos devem ser elaboradas com o devido respeito ao direito do paciente de consentir submeter-se a um tratamento de modo livre e esclarecido. Para Vital, ao prometer resultados ou dar às informações um revestimento sensacionalista, o médico não possibilita o esclarecimento do indivíduo e interfere no seu direito de autodeterminação para escolher o que lhe pareça mais conveniente.
Pelo Código, ao médico é vedado tratar informações sobre tema médico de modo sensacionalista, divulgar tratamento que não tenha sido cientificamente reconhecido, realizar consulta por meio de veículo de comunicação de massa, anunciar títulos científicos que não possa comprovar, participar de anúncios de empresas comerciais valendo-se da profissão, apresentar como originais descobertas que não o sejam e deixar de incluir em anúncios profissionais seu número de inscrição em um CRM.
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Proposta de avaliação contínua de cursos de Medicina foi apresentada em Fórum do CFM
A proposta, que foi defendida durante o I Fórum de Ensino Médico, na sexta-feira (2), detectaria as falhas de ensino da escola. A medida ainda daria base para a residência, “permitindo o contínuo profissional”, disse Menezes. O modelo de avaliação já tem sido aplicado voluntariamente em algumas faculdades de ensino pelo país. Segundo Menezes, a proposta é incluir as provas no currículo escolar.
O conselheiro Dalvélio Madruga informou que o assunto será aprofundado pela Comissão de Avaliação do Ensino Médico. “Uma avaliação contínua propiciará bons profissionais para a sociedade, e é isso que nos preocupamos”, ressaltou.
Regulamentação da Medicina - Este foi um dos temas tratados durante o encontro, previsto para se encerrar ainda pela manhã. Na sexta-feira (2), também se falou sobre a importância da aprovação do Projeto de Lei 268/02, atualmente em tramitação no Senado, e que trata da regulação do exercício da Medicina. Participaram do debate, representantes de estudantes e profissionais.
O coordenador da Comissão Nacional em Defesa do Ato Médico, conselheiro Alceu Pimentel, enalteceu que o aprimoramento nos sete anos de tramitação no Congresso Nacional “ajudou a construir um projeto mais concreto”. Segundo ele, é importante garantir a mobilização de médicos (em atividade e aposentados) e estudantes de Medicina para que seja intensificado o trabalho de esclarecimento sobre a proposta junto aos parlamentares e à sociedade. “Queremos reunir com os estudantes, pois iremos construir um movimento cada vez mais qualificado”, disse.
Para o CFM, a prerrogativa do médico de fazer o diagnóstico e tratar o paciente é direito inalienável, pois objetiva assegurar à população uma assistência médica digna e de qualidade. O PLS 268/02 está em tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal.
Viagra pode ser distribuído de graça
Sesap administrará Hospital Regional
A decisão foi firmada através de um termo de cooperação assinado no último dia 25 entre o Estado, Sesap, AMS e os prefeitos de Caicó, Ipueira, Jardim de Piranhas, São Fernando e Serra Negra do Norte. De acordo com o documento, a Sesap tem o papel de indicar os nomes para direção geral, administrativa e financeira do Hospital, além de manter os 114 servidores públicos, que já trabalham na Unidade, na composição da escala de plantão.
O secretário-adjunto de saúde do Estado, José Fernandes, informou que durante esta semana uma equipe multiprofissional da Sesap irá ao hospital para fazer um estudo da atual situação da unidade. Serão observadas as condições de estrutura física, leitos de UTI e quadro de médicos, verificando se há necessidade de incremento de recursos humanos.
De acordo com José Fernandes a estrutura física do hospital pertence à Fundação Nacional de Saúde-Funasa. Para que o processo de estadualização seja concretizado a entidade vai emitir um documento de cessão do prédio.
O secretário-adjunto garantiu ainda que com a gestão do Estado não vai haver demissão de funcionários. Ele acredita que após a análise das necessidades do hospital é possível que existam vagas a serem preenchidas pelo quadro com os aprovados dos dois últimos concursos da Saúde, realizados em 2008 e 2010.
Representante do Ministério da Saúde defende revalidação de diploma em Fórum do CFM
Haddad apresentou números de um projeto piloto dos ministérios da Saúde e da Educação de revalidação de diplomas – das 628 pessoas que manifestaram interesse em participar das provas, 502 foram consideradas habilitados para isso; a maioria dos candidatos formou-se na Bolívia ou em Cuba. “Ouvimos as entidades representativas dos médicos e queremos que o projeto avance com o auxílio dessas instituições”, afirmou. O projeto oferece aos interessados a oportunidade de que revalidem seus diplomas participando de um processo vigente em todo o país, independente das regras específicas de cada universidade.
Carlos Vital, vice-presidente do CFM, expôs a posição do Conselho sobre a revalidação. “A ausência de médicos em determinadas regiões não é justificativa para que se permita que pessoas exerçam a Medicina sem um diploma válido. Na avaliação do CFM, não há escassez de médicos no país”, disse.
Outros temas
O Fórum de Ensino Médico também debateu na tarde desta quinta-feira a profissionalização da preceptoria em residência médica, a saúde do estudante de medicina e a necessidade de que escolas médicas possuam hospitais universitários ou de ensino.
Na conferência sobre saúde do estudante de Medicina, Gilberto Medeiros, membro da Câmara Técnica de Psiquiatria do CFM, afirmou ser necessário o desenvolvimento de ações de suporte ao estudante de medicina, que vivencia situações de estresse capazes de provocar doenças.
O presidente da Associação Brasileira de Hospitais Universitários e de Ensino (Abrahue), Carlos Alberto Justus, expôs aos participantes do Fórum as normas relativas ao funcionamento de hospitais universitários. Justus defendeu a necessidade de que haja uma política salarial mais justa para os funcionários desses hospitais e que a gestão seja aperfeiçoada. “O modelo de gestão por serviços deve ser substituído pelo de gestão por processos. Com isso, haverá mais integração entre as unidades acadêmicas e os diversos setores dos hospitais para que o foco do trabalho seja mais voltado para o paciente”, disse. Segundo números da Abrahue, 2,3% dos hospitais brasileiros são vinculados a escolas de ensino; esses hospitais, no entanto, respondem por 10,3% de todos os leitos do Sistema Único de Saúde (SUS).